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Dorothy Bastos

1933-2018

Dorothy Bastos foi uma das principais gravuristas do Brasil, tendo bastante destaque especialmente em São Paulo, ao longo das décadas de 1950 e 1960.

Formou-se em meados dos anos 1950, com Lívio Abramo na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna, chamada de “A Escolinha”. Desde o início, revelou maior inclinação pela xilogravura, modalidade a que se dedicou primordialmente.

Foi uma artista muito presente nos salões de diversos estados e cidades brasileiras. Sobressaiu-se nos Salões Paulistas de Arte Moderna, realizados anualmente na Galeria Prestes Maia, em São Paulo, ocorridos em 1955, 1957, 1958, 1960 e 1961, conquistando medalha de bronze, medalha de prata e prêmio de Aquisição.

Participou dos Salões Nacionais de Arte Moderna no Rio de Janeiro, entre 1960 e 1962, recebendo o prêmio de isenção do Júri. Além disso, marcou presença nos Salões de Arte do Rio Grande do Sul, entre 1960 e 1962, logrando, também aí, o prêmio de Aquisição. Igualmente, apresentou-se nos Salões Municipais de Belas Artes de Belo Horizonte na primeira metade da década de 1960, tendo uma obra adquirida mediante premiação. Participou, ainda, dos Salões de Arte do Paraná e da cidade de Santos, onde também foi prêmio de Aquisição. Além dos Salões, Dorothy participou de quatro Bienais de São Paulo – na quarta (em 1957), na sexta (1961), na sétima (1963) e na oitava (1965).

A artista foi, por duas vezes, agraciada com o prêmio Leirner de Arte Contemporânea, obtendo o segundo lugar em 1959 e o primeiro lugar em Gravura em 1962. Efetivamente, aquele foi um dos mais importantes prêmios artísticos promovidos na cidade de São Paulo, levado a cabo pela Galeria de Arte das Folhas, sob a direção de Isaí Leirner. O lugar conquistado em 1962 trouxe considerável projeção pública a Dorothy, com diversas matérias na imprensa da época.

Seu reconhecimento não ficou restrito ao Brasil. Em 1961, representou o país, ao lado de outros artistas, na 2a Bienal Interamericana do México, que foi significativo para a projeção da gravura brasileira na América Latina. No mesmo ano, participou ainda da 2a Bienal de Paris e obteve prêmio de Aquisição na Biblioteca do Congresso, em Washington. Novamente, integrou uma exposição coletiva nos Estados Unidos, representando o Brasil, em 1967, na 13a Exposição Anual de Gravuras Latino-Americanas na Zegri Gallery, em Nova York. Participou também da exposição Panorama 69 (Museu de Arte Moderna de São Paulo) com cinco xilogravuras.

Ana Paula Cavalcanti Simioni
Exposição Mulheres Artistas: nos salões e em toda parte
[Arte132 Galeria | de 04 de junho a 30 de julho de 2022]

 


[1] Composição | Xilogravura | 52 x 40 cm | 1956.

[2] Composição | Xilogravura | 45 x 30 cm | 1956.

[3] Composição | Xilogravura | 44 x 30 cm | 1955.

[4] Sem título | Xilogravura | 28 x 34 cm | 1955.

[5] Sem título | Xilogravura | 35 x 24 cm | 1956.

[6] Composição | Xilogravura | 44 x 30 cm | 1955.

[7] Composição | Xilogravura | 50 x 40 cm | 1956.