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O têxtil como auto-expressão, luta e cuidado

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Bordados, crochês, tricôs e toda sorte de trabalhos têxteis ficaram por muito tempo segregados, nos cânones sociais e artísticos, a uma feminilidade dócil e bem-comportada, restrita ao único espaço que caberia às mulheres – o lar. A exposição Andar pelas bordas: bordado e gênero como práticas de cuidado”, em cartaz até 21 de outubro na Arte132 Galeria, em São Paulo, é uma excelente oportunidade de apreciar um panorama da produção têxtil contemporânea no Brasil que revoluciona essa compreensão. Na seleção de obras de 47 mulheres ou coletivos de mulheres, a curadora Lilia Moritz Schwarcz mostra como o bordado tanto “serve ao afeto, à estética”, como “se presta ao campo das reivindicações políticas e sociais por direitos”.